1 de jun. de 2011

Um gênio, dez taças e o maior time que eu vi jogar

Três Campeonatos Espanhóis (2008 - 09/2009 -10/2010 -11), duas Ligas dos Campeões (2008 - 09/2010 - 11), um Campeonato Mundial (2008 - 09), uma Copa do Rei (2008 - 09), duas Supercopas da Espanha (2009 e 2010) e uma Supercopa Européia (2009).

Esta é a invejável lista de títulos do Barcelona de três anos para cá. Títulos alcançados por uma base que se formou com a chegada do técnico e ex - jogador Pep Guardiola e se consolidou com um estilo de jogo ainda mais impressionante do que as glórias em si.

No último sábado em Wembley, houve a consagração da forma barcelonista de jogar. O clube catalão massacrou o poderoso Manchester United, campeão inglês e visto até então como o único time que poderia derrotá - lo. Não era. Os blaugranas fizeram uma de suas maiores apresentações e como em todos os jogos, ditaram o ritmo, colocaram o United na roda e fizeram com que parecesse pouco os 3 a 1 ao final do embate.

O que impressiona neste Barça é que há três anos é assim. Iniesta, Xavi, Messi e Cia tocam a bola e o adversário corre atrás. E como esse time gosta dela, da estrela do espetáculo, a bola. Tanto que há 185 jogos ela é sempre deles. Sempre de Piqué e Puyol, dupla entrosada e com muito vigor físico. De Daniel Alves, melhor lateral do mundo, qualidade que poucos tem na direita do campo. De Busquets, mais uma cria da base, que dá a segurança necessária para as estrelas jogarem. De David Villa e Pedro, iluminados pelo faro do gol. De Iniesta e Xavi, os dois maestros da equipe, que compartilham da mesma visão de jogo privilegiada e distribuem passes milimétricos da faixa do campo que tanto conhecem. Os dois maestros, mas coadjuvantes. Sim, coadjuvantes. Porque a bola gosta mesmo é dele. Da estrela, do gênio, de Lionel Messi. Certamente o maior jogador da história do Barcelona, o camisa 10 que tem por hábito brilhar em decisões, decidir os jogos, driblar, lançar e arrancar com aquela canhota que tem tudo para ser um dia, maior do que a de Maradona.

Claro que sem o seu comandante, nada disso seria possível. Pep Guardiola faz com que um time de craques no papel seja um time de craques também em campo. O time catalão é armado de maneira perfeita pelo ex - capitão, quando tem a bola, todos sabem o que fazer e nas raras vezes que não a tem se recompõe rapidamente até recupera - lá e propor seu estilo de jogo.

A forma como o Barcelona joga é encantadora, mágica e faz qualquer amante de futebol literalmente babar a frente do monitor. Muito mais do que qualquer título, qualquer recorde, qualquer estatistíca, a força deste time é realmente comprovada quando ele entra em campo. Como Guardiola mesmo disse antes da segunda final de Champions em três anos, o importante independentemente do resultado, era mostrar o seu o futebol ao mundo, reafirmar seu estilo. Reafirmar o estilo que faz história no futebol, a maneira de jogar que por exemplo, já bateu Arsenal e Manchester por duas vezes, venceu outros grandes como Chelsea, Bayern de Munique, Lyon e humilhou o Real Madrid por 2 vezes, nos 6 a 2 da temporada 2008 - 09, e nos 5 a 0 da temporada 2010 - 11, pessoalmente, na maior apresentação que eu vi de um time de futebol.

Que bom. Que bom que a intenção deste esquadrão seja reafirmar seu estilo. Pois assim como o gesto de Puyol ao passar a taça da Europa para o companheiro Abidal, recuperado de um cãncer 2 meses antes, ele já está na história.
Comandado por um dos maiores gênios já formados no esporte. Messi.
Para sempre no panteão dos maiores times da história do futebol.
E toda vez que esse maravilhoso time entra em campo, o lema do clube catalão é honrado e reforçado: O Barcelona é mais que um clube.
Muito, muito mais.
Quem viu, viu, quem não viu, que pena.
Eu vi. É para sempre.

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