30 de jun. de 2011

And so it is

Das caixas de som emana a voz de Jim Morrison, emergindo do instrumental atmosférico, lotada em seu tom tenso, com sua língua carregando palavras proféticas, de uma previsão pesarosa: this is the end / beautiful friend / this is the end / my only friend, the end.


O fim.


Um semestre contém 6 meses, tendo aí uma média de 24 semanas, onde se acumulam cerca de 180 dias, trazendo 4320 horas. Se os números são portentosos, vastos, isso é só uma ilusão – como qualquer medida de tempo, eles são distorcidos em sua vivência. Um semestre corre, é um maratonista, um medalha de ouro, Vanderlei Cordeiro de Lima sem o padre irlandês à sua frente. Um semestre corre e escorre, e o nosso já se foi, pra surpresa geral.

Foi um mundo novo, de expectativas, gigantes, algumas cumpridas, algumas torcidas, algumas transmutadas em outras. Nossa rotina virada de ponta cabeça, os estudos transformados em coisas não vistas até então (e até certo ponto as festas também...). Trabalhos novos, dezenas de experiências inéditas alterando o curso dos pensamentos, um sem número de descobertas e conclusões (que deságuam em ainda mais dúvidas, elas sendo essenciais, levando a mais respostas que levam a questões diferentes, num ciclo de apropriação de conhecimento que é, felizmente, infindável).

E agora é o fim.

Mas cada fim é também um começo - um ritual de passagem onde se enterram os ossos e se celebram os nascimentos, a deixa para o retorno.

Essas férias que batem a porta e já insistem para entrar são um pequeno intervalo, o fim do começo, um momento simbólico onde vamos mudando, crescendo cada vez mais, se adaptando cada vez mais, focando cada vez mais e outras coisas que a vergonha da pieguice me impede de listar (mas como não ser piega numa despedida, mesmo que essa seja breve?).

E por falar em música, é Damien Rice que se ergue agora, sua voz alta sobre a base minimalista do violão melancólico: and so it's / just like you said it would be / life goes easy on me / most of the time / and so it's.

E então é isso. Até a próxima, nesse mesmo bat-canal, nessa mesma bat-vida que estamos aprendendo a levar.

Programa de TV

Os tão temidos, tão comentados e, enfim, tão redentores programas:

Alexandre: Grupo 2 - Copa do mundo
http://cyberfam.pucrs.br:16080/labjormanha_2011_1/LabJor2011_1/TV_Grupo_2.html


Luis: Grupo 5 - Jornalismo independente
http://cyberfam.pucrs.br:16080/labjormanha_2011_1/LabJor2011_1/TV_Grupo_5.html

A hora e a vez da televisão (ou como eu aprendi a parar de me preocupar e a simpatizar com uma mídia)

“Não curto TV, não quero fazer”, é o que digo, em looping, a mim mesmo durante a semana. E não é a coisa ideal para se repetir quando, logo ali na curva da esquina que se aproxima mais e mais, se tem um programa inteiro de televisão para se fazer. Ossos do ofício, da faculdade.

Com a única experiência prévia no jornalismo televisivo sendo um capenga boletim informativo apresentado de forma rápida demais, atrapalhada demais, é perfeitamente plausível que haja esse desgosto, essa repulsão às câmeras e luzes e microfones e risco de por a cara a tapa, ao vivo, sem as artimanhas sonoras do rádio, ou os atalhos da linguagem do texto impresso.

E com esses contratempos então. Mudança de entrevistado e de tema na última hora, a corrida contra o tempo, se pudermos apelar a esse clichê.

Tudo pra dar errado.

Aí começa. Não sem antes termos de esperar todos os outros grupos – somos o último. Quando chega nossa vez, somos encaminhados à porta do estúdio, onde temos de esperar os últimos detalhes, o último apertar dos parafusos. Não há nervosismo, porém, só aquela ansiedade pulsante. Um “quero me livrar disso logo” piscando em néon sob as pálpebras cada vez que se pisca.

Com o grupo dividido entre os dois blocos do programa, há cinco pessoas que participam do debate e outras quatro que têm mais dez minutos de espera e tortura mental – e estou entre eles. Mas isso é um hipérbole na verdade: quando mas próximo se chega, mais tranquilo que se fica, e ao final da entrevista, na beira da minha entrada no ar, eu estou absolutamente calmo.

A postos em meu lugar, cercado pelos companheiros de debate, aguardo o sinal do professor/câmera/produtor. Tá lá. Após um breve apresentação da nossa âncora, eu começo, comentando uma resposta de nosso entrevistado (grande Thales Barreto, jornalista de belas iniciativas). Vamos, aos poucos, montando um painel, um mosaico sobre nosso tema, tendo opiniões não exatamente conflitantes, não exatamente divergentes, mas diferentes, que ajudam a por mais ângulos na questão.

A coisa flui, é uma conversa, é quase informal. Vou falando, e compondo as frases com uma cadência que não imaginava possuir diante da ameaçadora esmagadora amedrontadora câmera, que agora já soa até dócil.

E é mesmo uma surpresa, uma dessas imensas, das mais inesperadas, quando a colega de grupo responsável pela cronometragem do tempo avisa que nossos dez minutos se foram e precisamos encerrar. Peraí, como assim? Já? Cadê o tempo que tava aqui?

Corro e encaixo uma frase que acredito ser interessante para o fechamento da discussão. Nossa âncora encerra. A câmera é desligada. Despimos nossa postura formal de proto-Bonners. Foi. Passou.

Mas nem tudo volta ao normal. Há algo que falta: aquele antipatia pela TV que antes havia aqui foi se refugiar em outro lugar. É, ela agora até parece simpática. O video pode ter matado a estrela do rádio (http://en.wikipedia.org/wiki/Video_Killed_the_Radio_Star), mas hein senhora televisão, eu e você, acho que esse é o começo de uma grande amizade, como diria Bogart ao final de Casablanca, desaparecendo na neblina. E eu, e nós, desaparecendo em um fade-out, para refletir a experiência.

Módulo TV - Muito nervosismo, grande experiência

Foi com nervosismo que se cumpriu a minha primeira experiência a frente das cameras de TV. Nao posso falar pelos outros, mas acho que todos compartilharam do mesmo sentimento. No meu caso, o período em que mais perdurou esse sentimento foi antes da entrada nos estúdios, na preparacao para o programa. Após, chegando ao local do programa e observando a entrevista realizada pelos meus companheiros com Carlos Simon, as coisas melhoraram, até que chegasse a minha hora.

Nao posso fazer uma avaliacão muito clara do programa neste momento, pois ainda nao vi o mesmo, óbvio que faltou um pouco (tá bom, faltou muita, afinal era a primeira vez) de experiência, quanto ás questões de tempo e seguranca ao defender as ideias, mas acho que foi muito legal realizar a entrevista e o debate sobre um tema tão relevante no cenário nacional.

De qualquer forma, o que fica é a experiência de ter realizado o nosso primeiro programa, tenho certeza de que todos, mesmo os que nao seguirao pelo caminho do jornalismo, vao guardar com carinho esta lembranca. É complicado fazer TV, foi, de longe o veículo em que me senti mais nervoso, mas valeu a pena o trabalho feito pela equipe e assim, á primeira vista, me pareceu um bom trabalho. Espero que isso se confirme ao olhar o programa.

A preparação antes de entrar no ar

- Ok, nós temos que pensar o programa de TV.
- Bah, esse vai ser complicado.
- É só se organizar direitinho.
- Mas vai ser sobre o quê?
- Boa pergunta. Tem que ser um assunto que esteja em pauta...
- Que tal essas brigas e protestos no DCE?
- É um assunto meio complicado. Difícil de abordar.
- Verdade.
- E a Copa do Mundo? Falar da preparação da cidade e tudo mais.
- Boa.
- A gente pode falar com o João Bosco Vaz, secretário extraordinário da Copa do Mundo em Porto Alegre.
- Fechou.

Conseguido o contato, o secretário é chamado. Porém, há um porém: não há resposta sobre sua disponibilidade.
Duas semanas correm e não há resposta - nervos sobem à flor da pele, unhas são roídas até a base.

É o dia anterior e não se tem certeza sobre nada. Agilizam o possível, mas até mesmo os planos B e C são implodidos.

- Tá, e agora, como nós fazemos?
- Não sei. É melhor mudar o tema, eu acho.
- Já sei! Jornalismo independente!

É conseguido fácil o contato de Thales Barreto, um dos fundadores do jornal Contra-Ataque e editor de vários portais de jornalismo online.
Muda-se a preparação, desanuviam-se os ânimos (mas só um pouco). Agora é esperar.

20 de jun. de 2011

Módulo TV – Preparação

Dentre os meios de comunicação, a televisão é certamente o veículo de maior dificuldade de ser colocado em prática. As gravações do exercício para o módulo TV demonstraram esta dificuldade, pois diante das câmeras a pessoa é visível a outros olhos, que estarão atentos a qualquer falha na leitura do texto ou a qualquer gesto mais brusco da pessoa. Isso passa uma sensação de responsabilidade e uma forte pressão, principalmente á nós, que estamos apenas em nossos primeiros passos neste veículo.

Mas o desafio terá de ser encarado. Um programa de TV, com uma entrevista de 10 minutos e um debate da mesma duração terá que ser colocado no ar na quinta – feira, dia 30. Nosso grupo decidiu focar nas obras para a Copa do Mundo de 2014 e todas as implicações que este tema conduz. As duas semanas disponíveis para pensar no programa servirão para estudar o assunto com o objetivo de ter embasamento para falar sobre. Embora seja bem difícil segurar o nervosismo na hora em que entrarmos no ar.

1 de jun. de 2011

Um gênio, dez taças e o maior time que eu vi jogar

Três Campeonatos Espanhóis (2008 - 09/2009 -10/2010 -11), duas Ligas dos Campeões (2008 - 09/2010 - 11), um Campeonato Mundial (2008 - 09), uma Copa do Rei (2008 - 09), duas Supercopas da Espanha (2009 e 2010) e uma Supercopa Européia (2009).

Esta é a invejável lista de títulos do Barcelona de três anos para cá. Títulos alcançados por uma base que se formou com a chegada do técnico e ex - jogador Pep Guardiola e se consolidou com um estilo de jogo ainda mais impressionante do que as glórias em si.

No último sábado em Wembley, houve a consagração da forma barcelonista de jogar. O clube catalão massacrou o poderoso Manchester United, campeão inglês e visto até então como o único time que poderia derrotá - lo. Não era. Os blaugranas fizeram uma de suas maiores apresentações e como em todos os jogos, ditaram o ritmo, colocaram o United na roda e fizeram com que parecesse pouco os 3 a 1 ao final do embate.

O que impressiona neste Barça é que há três anos é assim. Iniesta, Xavi, Messi e Cia tocam a bola e o adversário corre atrás. E como esse time gosta dela, da estrela do espetáculo, a bola. Tanto que há 185 jogos ela é sempre deles. Sempre de Piqué e Puyol, dupla entrosada e com muito vigor físico. De Daniel Alves, melhor lateral do mundo, qualidade que poucos tem na direita do campo. De Busquets, mais uma cria da base, que dá a segurança necessária para as estrelas jogarem. De David Villa e Pedro, iluminados pelo faro do gol. De Iniesta e Xavi, os dois maestros da equipe, que compartilham da mesma visão de jogo privilegiada e distribuem passes milimétricos da faixa do campo que tanto conhecem. Os dois maestros, mas coadjuvantes. Sim, coadjuvantes. Porque a bola gosta mesmo é dele. Da estrela, do gênio, de Lionel Messi. Certamente o maior jogador da história do Barcelona, o camisa 10 que tem por hábito brilhar em decisões, decidir os jogos, driblar, lançar e arrancar com aquela canhota que tem tudo para ser um dia, maior do que a de Maradona.

Claro que sem o seu comandante, nada disso seria possível. Pep Guardiola faz com que um time de craques no papel seja um time de craques também em campo. O time catalão é armado de maneira perfeita pelo ex - capitão, quando tem a bola, todos sabem o que fazer e nas raras vezes que não a tem se recompõe rapidamente até recupera - lá e propor seu estilo de jogo.

A forma como o Barcelona joga é encantadora, mágica e faz qualquer amante de futebol literalmente babar a frente do monitor. Muito mais do que qualquer título, qualquer recorde, qualquer estatistíca, a força deste time é realmente comprovada quando ele entra em campo. Como Guardiola mesmo disse antes da segunda final de Champions em três anos, o importante independentemente do resultado, era mostrar o seu o futebol ao mundo, reafirmar seu estilo. Reafirmar o estilo que faz história no futebol, a maneira de jogar que por exemplo, já bateu Arsenal e Manchester por duas vezes, venceu outros grandes como Chelsea, Bayern de Munique, Lyon e humilhou o Real Madrid por 2 vezes, nos 6 a 2 da temporada 2008 - 09, e nos 5 a 0 da temporada 2010 - 11, pessoalmente, na maior apresentação que eu vi de um time de futebol.

Que bom. Que bom que a intenção deste esquadrão seja reafirmar seu estilo. Pois assim como o gesto de Puyol ao passar a taça da Europa para o companheiro Abidal, recuperado de um cãncer 2 meses antes, ele já está na história.
Comandado por um dos maiores gênios já formados no esporte. Messi.
Para sempre no panteão dos maiores times da história do futebol.
E toda vez que esse maravilhoso time entra em campo, o lema do clube catalão é honrado e reforçado: O Barcelona é mais que um clube.
Muito, muito mais.
Quem viu, viu, quem não viu, que pena.
Eu vi. É para sempre.

31 de mai. de 2011

I love old radio histories

Para encerrar o módulo de rádio, posto aqui um texto sobre um filme daquele que é o meu diretor de cinema favorito: Woody Allen. Uma pequena análise de A Era do Rádio (Radio Days), de 1987. Não ´r uma resenha, não é uma crítica: apenas um apanhado de sensações e impressões, derivadas desse longa que foca direto no tema que é caro ao que agora estudamos: toda a mitologia que cerca o rádio.



“Now, I love old radio histories. And I know a million of them. I’ve collected them down through the years, like a hobby. Anecdotes and gossips and inside histories about stars. Plus, I recall so many personal experiences from when I grew up and listened to one show after another.”

Essa fala, que aparece logo aos 4 minutos, dita pela voz analasada e ansiosa, inconfundível, de Woody Allen é o resumo perfeito não só do longa, mas de toda uma geração, toda uma época que aprendeu a viver ao redor do aparelho de rádio.

(E chega a ser melancólica a continuação da fala, que vem logo a seguir: “Now it's all gone..”.)

Em A Era do Rádio (Radio Days, 1987), ele conta, talvez, a mais memorialista de suas histórias. Cenas de infância, onde o protagonista (frequentemente interpretado pelo próprio Allen) desfia suas lembranças, são comuns em sua obra. Há uma porção delas só em Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Annie Hall, 1977), por exemplo.  Aqui é como se uma dessas cenas fosse isolada e alongada por 88 minutos. Todos elementos estão ali: a família judaica, a vida humilde, o humor agridoce. É um Allen por excelência, um filme de sua safra oitentista, considerada por muitos como sua melhor.

O ano é 1943, época de ouro da transmissões radiofônicas, onde cada casa tinha um aparelho e ao redor dele orbitavam todas as atenções. A trama gira ao redor de um garoto, Joe, sua família e a rotina de todos ali, oito pessoas vivendo no subúrbio, todos tendo a vida diretamente afetada pelo programas de rádio. As transmissões jornalísticas, os programas de auditório, as radionovelas: tudo ditando o ritmo do cotidiano.

A estrutura do filme é episódica, narrando diversos acontecimentos da infância de Joe (que é quem, depois de velho, narra o filme, em off) e de seus parentes. O anel do super-herói da radionovela, objeto de seu desejo. A tia que escuta a transmissão de Guerra dos Mundos, feita por Orson Welles. A prima que se veste de Carmen Miranda para acompanhar as músicas da cantora brasileira. A Segunda Guerra narrada em detalhes. A transmissão, em tempo real, de um acidente fatal com uma menina de oito anos. Riso e tensão e choro, transmitidos pelas ondas.

Há também a história paralela de Sally, uma garçonete que, também apaixonada pelo rádio (e que não o era nessa época?), batalha para virar uma estrela, como aquelas que ela ouve todos os dias. Ela se envolve com astros inescrupulosos de meia-idade, mafiosos gentis, fonoaudiólogos, vê sua atuação em uma “radio peça” interrompida pelos boletins do ataque à Pearl Harbour.

O filme é, a despeito de qualquer mérito cinematográfico (esse não é o ponto aqui), uma linda declaração de amor. Allen imprime, em cada fotograma, sua paixão pelo rádio e pela época. A beleza das falas e dos planos, toda a reconstituição de época. Cada uma das cenas, sem exceção, é encharcada de nostalgia - pequenas odes à um tempo de inocência, onde uma caixa falante era o modo das pessoas escaparem de um realidade não tão agradável assim (a Guerra, o ambiente pós-Depressão, a pobreza). O humor leve e irônico, tão característico do diretor, aqui se torna doce, de uma ternura exposta nos belos planos em que o garoto anda por uma praia fria e deserta. Allen diz, em sua narração salpicada de saudades: and forgive me if I tend to romanticize the past.

Outra bela fala sua, que explicita o clima de “lembranças engraçadas, porém melancólicas” que perpassa cada segundo do longa é aquela que encerra o filme. No reveillon de 1943, Allen filma o céu da cidade da cobertura de um prédio. A atmosfera é brilhante, cortada de vez em quando pelos fogos de artifício. Sobre essa imagem, vem sua voz, debruçada em tom que, se não é triste, soa como uma dolorida constatação:

“And I've never forgotten any of those people or any of the voices we used to hear on the radio.
Although the truth is with the passing of each New Year's Eve those voices do seem to grow dimmer and dimmer.”

As vozes se distanciam e o rádio definha lentamente. É a verdade, crua e nua, exposta em sua angústia. Ele definha, mas tem um passado, imenso. E o que tem passado nunca morre de verdade – sobrevive na memória daqueles que aquilo vivenciariam, não podendo ser apagado, é mais que parte da história: é parte da própria existência.

27 de mai. de 2011

Acorda, Famecos.

Estão aí todos os programas de rádio e as locuções para o exercício de áudio.

http://cyberfam.pucrs.br:16080/labjormanha_2011_1/LabJor2011_1/Programas_de_Radio.html

http://cyberfam.pucrs.br:16080/labjormanha_2011_1/LabJor2011_1/Audio_Exercicio.html

Programa de rádio - A hora da verdade

A trilha começa a tocar. É o sinal para que se dê início a nossa primeira aventura por dentro de um estúdio de rádio. Naquele momento não me sentia muito nervoso, pelo menos não como eu imaginava que estaria, e ao olhar para os outros integrantes também notava uma segurança de que tudo daria certo naqueles 20 minutos.

E deu certo mesmo, não que tenha sido uma maravilha, mas tudo que foi proposto no roteiro, tanto nos assuntos abordados como no tempo, foi feito. Os comentários e as notícias, mesmo que ainda sem o traquejo necessário, saíram de forma natural. O fundamental para isso foi a segurança que cada integrante do grupo passava para o outro, fazendo com que as dificuldades de falar a frente dos microfones fossem pouco a pouco supridas. A sensação após o programa foi de dever cumprido e até mesmo de querer mais. Pelo menos da minha parte.

O que eu posso dizer é que minha primeira experiência em um estúdio de rádio foi intensa. Desde os momentos que antecederam o programa até os 20 minutos em que ali dentro permaneci. Gostei tanto que já ouvi por 2 vezes nosso programa. Claro que houveram inúmeros erros, mas como diz aquela velha frase: É errando que se aprende. Bom, depois desta filosofada, só indo embora mesmo. Que venha o módulo TV.

26 de mai. de 2011

Passos simples para tornar vinte minutos em vinte segundos

Sexta-feira, 26 de Maio - Manhã, oito horas e alguns poucos minutos. Um a um, na direção do estúdio apertado. Um após o outro, passos firmes, a velha caminhada cinematográfica . Sou o terceiro a entrar e me sentar. Tiro da mochila minha cópia do roteiro (o "quase-roteiro") e algumas outras anotações, contextualizações dos assuntos tratados, um roteiro das festas do final de semana, pequenas notas para não se perder.

Temos vinte minutos antes de entrar no ar, é o que diz o professor que nos acompanha. Conversamos, os oito (falta uma das integrantes, que foi viajar) debruçados sobre a mesa dos microfones, tentando definir de última horas certos detalhes já definidos. Não posso falar pelo outros, mas não estou nervoso - é só aquela sensação de estar prestes a realizar algo importante. O tempo se esvai numa velocidade atordoante, uma prévia dos outros vinte minutos que nos aguardam, aqueles em que estaremos no ar.

É dado o sinal. Começamos. Marcos, nosso âncora e operador de mesa introduz o programa, seu nome e seus integrantes. "Estou aqui com Léo, Carol, Constance, Luis, Eduardo, Bruna, Pedro". Cada um dá seu bom dia (e uma ou outra piadinha) e já passamos à primeira pauta: a aprovação, na Câmara dos Deputados, da reforma no Código Florestal. É uma discussão acalorada. Como havíamos decidido antes, não damos apenas a notícia como também a debatemos. Apelamos à comunicação, além da informação.

A conversa rende e precisamos definir um ponto de corte. Sinais com as mãos, mensagens escritas: apelos não-sonoros para que possamos passar para o próximo tópico. Eduardo introduz o assunto "Strauss-Khan" e ele também rende. Conversamos como se não houvessem esses microfones nervosos a nossa frente (embora os ponteiros do relógio a se mexer seja uma lembrança recorrente).

É hora do "Momento Então Te Liga", uma brincadeira nossa, um giro pelo que a noite porto-alegrense oferece no próximo final de semana.

Logo após mais discussões políticas, novamente introduzidas por Eduardo. Agora é o caso Palocci. Interessado em política, me jogo no assunto, que chega até mesmo a ultrapassar parte de seu tempo previsto. O tempo urge, ruge em nossos ouvidos. Os sinais com as mãos ("Corta! Parte pra outra!", apelos ditos sem voz, entendido pela leitura dos lábios ansiosos). É dado um fechamento e parte-se para as pautas esportivas. Mas há pouco tempo hábil. Temos de cortar assuntos e reduzir os que são ditos - e ainda há um pequena discussão acerca do horário certo de um jogo (as informações contraditórias, ah, o abismo escuro, perigo maior do Jornalismo). Nada demais, porém. Resolve-se rápido, no ar, e com o humor (algo que tentamos introduzir a todo momento, a leveza da auto-ironia).

Então acaba. Como se tivesse recém começado. Como se vinte minutos fossem vinte segundos, a areia da ampulheta desenfreada. Resta um sentimento adocicado de tarefa (bem) realizada. E a vontade de fazer mais. O rádio é secular e engrenagem vital na máquina jornalística - engrenagem na qual queremos embarcar. Não que tenha sido perfeito, claro, mas foi satisfatório, gaguejos e vácuos à parte - e a perfeição só se atinge pela prática (isso se não for uma utopia distante).

Absorver o que foi bom, limar o que não foi; fazer o balanço final. Pensar nos próximos desafios (um programa de televisão, logo ali na esquinam a nos espreitar). Até logo, ouvintes.


A gloriosa careca de nosso âncora, em destaque.

Programa de rádio - Preparação

Rádio, sonho da maioria dos estudantes que almejam um dia se tornarem jornalistas. Certamente o veículo mais encantador dentre os meios de comunicacão, que povoa o imaginário de todos nós, e que nos leva a uma época romântica da comunicacão.

Pois na aula do dia 19 de maio, um desafio foi colocado a nossa frente, o de produzir um programa de rádio. Desafio prazeroso, mas sempre um desafio. Naquele momento mesmo foram definidos os integrantes de cada grupo. Mas foi apenas a um dia do programa, que nós nos reunimos para montar a base dele.

De acordo com as opiniões e intervençoes de cada um, o roteiro ia se ajeitando. Não demorou muito para ficarem definidos os tempos de cada assunto do programa. Os esportes, assunto ao qual me candidatei, é claro, ficou exatamente com a metade do programa, ou seja, 10 minutos. Os outros dez ficaram com cultura, geral e política. Escolhemos também a trilha e o modelo do programa, que mesclaria notícias com comentarios dos participantes. O mais importante de tudo foi a sintonia do grupo que fez tudo ficar mais fácil.

Fui para casa com a sensação de que fizemos tudo certo. Agora era esperar os jogos da noite, principalmente os da Copa do Brasil, para fazer a minha locução. Acompanhei os jogos, pensei em como iria fazer e ... dormi. Logo que acordei, fiz minha locução e me mandei pra Famecos. Nos minutos que antecediam a entrada no estúdio, mesmo com nervosismo e tensão, combinamos como e o que faríamos á frente dos microfones. Mas na teoria é uma coisa, na prática, é outra.

Crônica de um programa de rádio anunciado

Quarta-feira, 25 de Maio - Aqueles ao redor da mesa são nove. Idades entre 17 e 19, discutem com a rigidez de idéias característica da fase. "Não, acho que assim não rola", "Do outro jeito tava melhor", "Tá, agora vamos começar". Não há concessões. Há um súbito acaloramento.

A discussão gira ao redor de um roteiro: o esqueleto de um programa de rádio a ser feito, logo no dia seguinte, tarefa da faculdade. As sugestões são muitas e as decisões, poucas. Na verdade, demora-se a entrar no ritmo. Fazer um progama de notícias geral, ou algo mais específico, um boletim cultural, quem sabe? Falar de cinema, o fechamento de Cannes; de música, o vazamento do disco novo de uma banda britânica. Não, melhor, não. "Vamos fazer algo mais amplo".

Modelo definido, é hora de procurar o conteúdo. Mãos à obra na clipagem. Economia? Não, é maçante. Mas tem o caso Strauss-Khan. Falando em política, e esse Código Florestal aprovado, hein? Tem de entrar na pauta. Assim como o embrião de escândalo que foi plantada por Palocci e suas famigeradas consultorias. Os assuntos vão puxando uns aos outros, eles vem de mãos dadas: é uma ciranda.

Mas eles, os projetos de repórteres  não são sérios, não com aquela seriedade engessada de quem leva tudo no fio da faca do drama. Então por que não haver descontração no ar? Ela começa no nome do programa, derivado de uma piada interna. Mesma piada que vai ser abordada em um quadro do roteiro, um informativo sobre festas (porque poucas coisas interessam tanto àqueles dessa idade). As brincadeiras, tão rápido quanto as notícias, se põem no papel sozinhas.

O roteiro é terminado, enfim. O "quase roteiro", na verdade. Ele é solto, flexível, sucinto em sua estrutura. Contém apenas uma indicação cronológica de coisas a serem ditas, mas mesmo assim é sujeito a improvisos e dados de última hora.

É isso aí. Agora eles se ancoram na certeza de terem feito o que de mais acertado podiam fazer. Confiança na própria voz, o instrumento de informação do radialista, é a base na qual vão sustentar seus pés (trementes, talvez, nunca se sabe o alcance do próprio nervosismo) até a manhã seguinte. Agora riem, jogam sinuca, discutem bebedeiras pregressas. Eles não são sérios; é o seu trunfo, é o que traz essa leveza de quem gosta do que faz.

9 de mai. de 2011

Por trás de uma matéria

            O jovem repórter flana apressado pelas ruas do Bom Fim, num calorento final de tarde em Abril. Acelera e aumenta a largura de suas passadas desde que saltou de seu ônibus. Tudo no medo de se atrasar para um compromisso. O jovem repórter (e talvez jovem seja mesmo o adjetivo certo) dobra esquinas, atravessa ruas e vai, mentalmente, armando as perguntas da entrevista para a qual se dirige. A entrevista, sua primeira, seu primeiro trabalho jornalístico, sua primeira incursão na vida que almeja e que, agora, soa assustadoramente próxima.
            O jovem repórter anda poucas quadras na movimentada avenida Oswaldo Aranha, sobe a Rua Fernandes Vieira e dobra na Rua Vasco da Gama. Pouco depois, encontra a Palavraria. Respira e entra. É uma agradável livraria de bairro, miúda e muito simpática com suas estantes forradas cercando várias mesinhas, destinadas a quem por ali toma um café. O repórter olha o relógio: apesar do medo do atraso, está na hora, até mesmo um pouco antes dela. Pega um pequeno livro na estante e o folheia, no aguardo de sua fonte, que não tarda: poucos minutos depois, entra no lugar Luciana Thomé. Ela chega rindo e brincando com os funcionários ali, além de alguns amigos que esperam um evento a ser realizado logo mais.
            O jovem repórter se apresenta a ela, que o cumprimenta na mesma solicitude já demonstrada na troca de e-mails que precedeu o encontro. Sentam-se em uma das já citadas mesinhas. O jovem repórter abre sua mochila e saca o caderno e a caneta. Há uma conversa prévia, descontraída, a “quebra do gelo”. Mas não dura muito e o jovem repórter logo começa.
            O jovem repórter tinha como pauta (sugerida por ele mesmo) o sucesso de uma editora literária independente, a Não Editora, de importância na atual cena literária gaúcha. Ele pergunta a Luciana Thomé - uma das fundadoras da editora, junto de outros 5 jovens (todos tendo entre 25 e 30 anos) - coisas como “Da onde veio a idéia de bancar a editora?”, “A que vocês creditam o sucesso?”, entre outras, ditas de forma um tanto nervosa no começo. O jovem repórter sabe o que fazer, mas não tem a certeza de que faz certo. Ansiedade de principiante. Thomé, jornalista de formação, lhe dá umas dicas, ri junto. A entrevistada perfeita.
            O jovem repórter, uma hora após o início da entrevista, acredita ter coletado informações o bastante, e informações interessantes. Ele dá as perguntas por encerradas e agradece Thomé por toda a ajuda. Promete lhe enviar a matéria quando pronta. Guarda seu caderno, agora recheado de matéria-prima e sai.
            O jovem repórter desce até a Oswaldo Aranha. Pensa um pouco e desiste de pegar um ônibus – mora perto mesmo. Caminha, então. O jovem repórter vai pelo Parque da Redenção, que escurece lentamente, enquanto monta em sua cabeça pulsante os fragmentos que tem, enquanto escreve mentalmente sua matéria. O jovem repórter vai, absorto em seu primeiro trabalho jornalístico.
            O jovem repórter, agora mais repórter do que nunca.

1 de mai. de 2011

Módulo Jornal - Aula 2

    Na segunda aula do módulo jornal, tivemos a oportunidade de novamente pensar nas nossas pautas e o que íamos fazer para colocá-las em prática. Não tínhamos produzido uma grande quantidade de material durante a semana. Logo de cara, a nossa matéria principal teve que ser repensada. Com a chegada de Falcão ao Inter, e com Renato Gaúcho no comando do Grêmio, começamos a pensar na ousada idéia de ter uma entrevista com os dois. Claro que é complicado, mas a editoria fará o possível para isso. Reforçamos a idéia de falar de judô, mas uma matéria um pouco mais ampla, não apenas com João Derly, mas sim, falando do outro expoente do RS no esporte, a judoca Mayra Aguiar. E um pouco da estrutura da Sogipa, onde treinam os dois campeões. A idéia de ampliar foi do nosso professor Fabián. A pauta do rugby também permaneceu forte na editoria, embora novas pautas surgiram, como falar do futuro da arbitragem gaúcha e do comando dos técnicos gaúchos na Seleção Brasileira.
    Nessa aula, pela primeira vez tive a sensação de ter escrito uma matéria e ela ter morrido. Escrevi sobre a possibilidade de grenal na Libertadores, pauta sugerida na aula passada, mas que acabou não sendo possível de colocar no jornal, afinal ele só estará pronto quando esta possibilidade provavelmente não existir mais. 
    Por fim, escolhemos o nosso modelo de páginas com o professor. Agora são duas semanas para correr atrás, trazer o maior material possível e definir o que vai ser colocado no jornal. Na próxima aula o material tem que estar pronto e bem organizado. É hora de agir. 

Por Alexandre Abrantes

19 de abr. de 2011

Módulo Jornal - Aula 1

    O post chega um pouco atrasado, mas já tá mais que na hora do outro cara que faz o blog se mexer - no caso, eu.
    A primeira aula de jornal começou com a divisão das editorias. Logo de cara, pensei na de esportes. Os professores até tentaram mostrar que o caminho nem sempre é o que a gente quer e gosta. Isso até fez com que vários desistissem das normalmente mais concorridas, como cultura e esportes. Mas eu já estava decidido e segui na minha escolha. 
    Após a divisão, todo mundo na sua editoria, era hora de começar os trabalhos. Primeiro, definimos o que podia ser feito com nossas duas páginas. Achamos que a melhor idéia era uma matéria principal em uma página inteira e mais duas secundárias na outra página. De resto, mais duas notinhas.
    Algumas idéias surgiram, como pra página principal, de falar sobre ídolos do passado da dupla Gre-Nal, e o que eles pensam do fim da era do amor à camisa no futebol. Já as secundárias podiam ficar com a possibilidade de Gre-Nal na Libertadores. Os jogadores da dupla Gre-Nal que jogaram nos dois times, no caso Tinga e Rochemback. E, em outros esportes, falar sobre judô, mais concentrado no judoca João Derly e em rugby, esporte ainda desconhecido por aqui, mas que vem crescendo no país.

    Claro que isso foram só idéias, nada de ação, apenas para começar a pensar na cara que ia ter nossa editoria. O fim da aula chegou, a primeira aula do módulo jornal foi bem interessante e mesmo que bem pouca, é legal ter uma noção do que é uma redação de jornal.    
 Por Alexandre Abrantes

24 de mar. de 2011

You say you want a revolution

    Estendendo-se através do século XVIII, a Revolução Industrial, foi a mais aguda mudança de percepção da sociedade que nós já tivemos. Diversos fatores reuniram-se e combinaram-se para alterar, de forma irreversível, a vida de todos. Hoje nós estamos exatamente no olho do furacão trazido por uma nova revolução: a internet. A Revolução Online reformou completamente os conceitos do mundo moderno, sendo, talvez, mais importante e transformadora que a Industrial - e isso num período de tempo bastante curto.
    "Internet - Rede remota internacional de ampla área geográfica, que proporciona transferência de arquivos e dados, juntamente com funções de correio eletrônico para milhões de usuários ao redor do mundo" é a definição que o dicionário Michaelis traz, mas ela não nos diz quase nada, para falar a verdade. A questão, e própria, internet são muito mais amplas. Elas trouxeram, além de toda sua revolução tecnológica, uma mudança no modo de ser e pensar das pessoas. A rede arraigou-se de maneira profunda em nossos costumes. Trouxe, além de toda sua revolução tecnológica, uma mudança cultural muito forte. O Google é o novo Oráculo, senhor de todas as respostas. Milhões de e-mails são disparados de um lado a outro a cada segundo. Redes sociais criam e destroem relacionamentos humanos com uma efemeridade surpreendente.
    A repórter da Revista Galileu Paula Sato não conseguia imaginar-se sem todos esses privilégios da vida contemporânea (assim como todos nós) e propôs a si mesma o desafio de regredir a uma rotina desconectada. A matéria resultante desse desafio (http://revistagalileu.globo.com/Revista/Galileu/0,,EDG85745-7943-210,00-VIDA+UNPLUGGED.html) é interessantíssima ao explicitar a nossa dependência da internet. Um homem do século XXI sem internet é um homem do século XX sem luz elétrica; é um homem das cavernas sem o fogo.
    Obviamente, essa mudança de panorama atingiu todas as áreas de conhecimento. Na Comunicação (e no Jornalismo, mais especificamente) não seria diferente. Os jornalistas se dizem produtores de conteúdo, não interessados no meio onde esse conteúdo circulará. Estão certos, mas não é tão simples. A era da internet é a era da velocidade; todos querem, todos exigem agilidade. As matérias mais extensas, de várias e várias páginas (como as da Revista Piauí, por exemplo) tendem a ficar mais escassas no meio digital. As pessoas não lêem textos longos online, é um fato. A era da internet é a era da concisão; é preciso informar com 140 caracteres.
    Mais ágil tem de ser, também, a divulgação das notícias. O portais de notícias precisam ser abastecidos quase que em tempo real. Com um iPhone conectado em mãos a pessoa sabe tudo que está acontecendo no mundo, e as informações do jornal da manhã já são assunto morto e enterrado. O celular de um pedestre já tirou e divulgou a foto que um fotojornalista procura agora.
    O ponto mais curioso (e vital) da Revolução Online é a velocidade com que ela se deu. Em vinte anos foram criados todos os conceitos e ferramentas através das quais a internet se disseminou. Vinte anos, na história, é uma quantidade de tempo ínfima – um risco estreito em uma linha do tempo, uma fatia minúscula da história do homem. Vinte anos, na era da web, é uma eternidade. Imaginando o mundo há vinte anos atrás, nos surpreendemos em ver como tínhamos pouco do que nos é indispensável hoje. E é um exercício interessante (e, de certo modo, assustador), imaginar o mundo daqui a mais vinte, trinta, quarenta anos. Essa nova realidade que temos hoje anda é viva e pulsante, ativa e em constante transformação – passível de muitas e muitas outras revoluções.

Retalho de autobiografias

Dois porto-alegrenses, nascidos em 1993 e residentes da cidade desde então; dois jovens forçados a uma escolha de carreira, assim como tantos outros (quase todos os outros), numa fase da vida assim não tão cheia de certezas. Escolheram Jornalismo, enfim.
Luis Abreu e Alexandre Abrantes, talvez se perguntados não saibam dizer os motivos da escolha (ao menos não racionalmente). O primeiro tem certeza dela e o pouco que já aprendeu até agora o anima e reforça a sensação de estar no lugar certo. Já o segundo ainda possui suas dúvidas e, vez em quando, se pergunta se a escolha é a correta.
O primeiro poderia usar como argumentos para a escolha seu gosto pela leitura e pela escrita, a vontade de subverter a rotina, a busca por conteúdo e informações. O segundo diria que a paixão pelo futebol e todo o meio que o cerca foram impulsos importantes para estar agora cursando Comunicação.

O blog que vocês lêem nesse momento é um passo na jornada que se abre a frente dos dois jovens. Um lugar de teste, acima de tudo: um laboratório para todo tipo de experiências.
Um lugar que vai crescer conosco, da maneira as vezes desencontrada pela qual se cresce.