31 de mai. de 2011

I love old radio histories

Para encerrar o módulo de rádio, posto aqui um texto sobre um filme daquele que é o meu diretor de cinema favorito: Woody Allen. Uma pequena análise de A Era do Rádio (Radio Days), de 1987. Não ´r uma resenha, não é uma crítica: apenas um apanhado de sensações e impressões, derivadas desse longa que foca direto no tema que é caro ao que agora estudamos: toda a mitologia que cerca o rádio.



“Now, I love old radio histories. And I know a million of them. I’ve collected them down through the years, like a hobby. Anecdotes and gossips and inside histories about stars. Plus, I recall so many personal experiences from when I grew up and listened to one show after another.”

Essa fala, que aparece logo aos 4 minutos, dita pela voz analasada e ansiosa, inconfundível, de Woody Allen é o resumo perfeito não só do longa, mas de toda uma geração, toda uma época que aprendeu a viver ao redor do aparelho de rádio.

(E chega a ser melancólica a continuação da fala, que vem logo a seguir: “Now it's all gone..”.)

Em A Era do Rádio (Radio Days, 1987), ele conta, talvez, a mais memorialista de suas histórias. Cenas de infância, onde o protagonista (frequentemente interpretado pelo próprio Allen) desfia suas lembranças, são comuns em sua obra. Há uma porção delas só em Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Annie Hall, 1977), por exemplo.  Aqui é como se uma dessas cenas fosse isolada e alongada por 88 minutos. Todos elementos estão ali: a família judaica, a vida humilde, o humor agridoce. É um Allen por excelência, um filme de sua safra oitentista, considerada por muitos como sua melhor.

O ano é 1943, época de ouro da transmissões radiofônicas, onde cada casa tinha um aparelho e ao redor dele orbitavam todas as atenções. A trama gira ao redor de um garoto, Joe, sua família e a rotina de todos ali, oito pessoas vivendo no subúrbio, todos tendo a vida diretamente afetada pelo programas de rádio. As transmissões jornalísticas, os programas de auditório, as radionovelas: tudo ditando o ritmo do cotidiano.

A estrutura do filme é episódica, narrando diversos acontecimentos da infância de Joe (que é quem, depois de velho, narra o filme, em off) e de seus parentes. O anel do super-herói da radionovela, objeto de seu desejo. A tia que escuta a transmissão de Guerra dos Mundos, feita por Orson Welles. A prima que se veste de Carmen Miranda para acompanhar as músicas da cantora brasileira. A Segunda Guerra narrada em detalhes. A transmissão, em tempo real, de um acidente fatal com uma menina de oito anos. Riso e tensão e choro, transmitidos pelas ondas.

Há também a história paralela de Sally, uma garçonete que, também apaixonada pelo rádio (e que não o era nessa época?), batalha para virar uma estrela, como aquelas que ela ouve todos os dias. Ela se envolve com astros inescrupulosos de meia-idade, mafiosos gentis, fonoaudiólogos, vê sua atuação em uma “radio peça” interrompida pelos boletins do ataque à Pearl Harbour.

O filme é, a despeito de qualquer mérito cinematográfico (esse não é o ponto aqui), uma linda declaração de amor. Allen imprime, em cada fotograma, sua paixão pelo rádio e pela época. A beleza das falas e dos planos, toda a reconstituição de época. Cada uma das cenas, sem exceção, é encharcada de nostalgia - pequenas odes à um tempo de inocência, onde uma caixa falante era o modo das pessoas escaparem de um realidade não tão agradável assim (a Guerra, o ambiente pós-Depressão, a pobreza). O humor leve e irônico, tão característico do diretor, aqui se torna doce, de uma ternura exposta nos belos planos em que o garoto anda por uma praia fria e deserta. Allen diz, em sua narração salpicada de saudades: and forgive me if I tend to romanticize the past.

Outra bela fala sua, que explicita o clima de “lembranças engraçadas, porém melancólicas” que perpassa cada segundo do longa é aquela que encerra o filme. No reveillon de 1943, Allen filma o céu da cidade da cobertura de um prédio. A atmosfera é brilhante, cortada de vez em quando pelos fogos de artifício. Sobre essa imagem, vem sua voz, debruçada em tom que, se não é triste, soa como uma dolorida constatação:

“And I've never forgotten any of those people or any of the voices we used to hear on the radio.
Although the truth is with the passing of each New Year's Eve those voices do seem to grow dimmer and dimmer.”

As vozes se distanciam e o rádio definha lentamente. É a verdade, crua e nua, exposta em sua angústia. Ele definha, mas tem um passado, imenso. E o que tem passado nunca morre de verdade – sobrevive na memória daqueles que aquilo vivenciariam, não podendo ser apagado, é mais que parte da história: é parte da própria existência.

27 de mai. de 2011

Acorda, Famecos.

Estão aí todos os programas de rádio e as locuções para o exercício de áudio.

http://cyberfam.pucrs.br:16080/labjormanha_2011_1/LabJor2011_1/Programas_de_Radio.html

http://cyberfam.pucrs.br:16080/labjormanha_2011_1/LabJor2011_1/Audio_Exercicio.html

Programa de rádio - A hora da verdade

A trilha começa a tocar. É o sinal para que se dê início a nossa primeira aventura por dentro de um estúdio de rádio. Naquele momento não me sentia muito nervoso, pelo menos não como eu imaginava que estaria, e ao olhar para os outros integrantes também notava uma segurança de que tudo daria certo naqueles 20 minutos.

E deu certo mesmo, não que tenha sido uma maravilha, mas tudo que foi proposto no roteiro, tanto nos assuntos abordados como no tempo, foi feito. Os comentários e as notícias, mesmo que ainda sem o traquejo necessário, saíram de forma natural. O fundamental para isso foi a segurança que cada integrante do grupo passava para o outro, fazendo com que as dificuldades de falar a frente dos microfones fossem pouco a pouco supridas. A sensação após o programa foi de dever cumprido e até mesmo de querer mais. Pelo menos da minha parte.

O que eu posso dizer é que minha primeira experiência em um estúdio de rádio foi intensa. Desde os momentos que antecederam o programa até os 20 minutos em que ali dentro permaneci. Gostei tanto que já ouvi por 2 vezes nosso programa. Claro que houveram inúmeros erros, mas como diz aquela velha frase: É errando que se aprende. Bom, depois desta filosofada, só indo embora mesmo. Que venha o módulo TV.

26 de mai. de 2011

Passos simples para tornar vinte minutos em vinte segundos

Sexta-feira, 26 de Maio - Manhã, oito horas e alguns poucos minutos. Um a um, na direção do estúdio apertado. Um após o outro, passos firmes, a velha caminhada cinematográfica . Sou o terceiro a entrar e me sentar. Tiro da mochila minha cópia do roteiro (o "quase-roteiro") e algumas outras anotações, contextualizações dos assuntos tratados, um roteiro das festas do final de semana, pequenas notas para não se perder.

Temos vinte minutos antes de entrar no ar, é o que diz o professor que nos acompanha. Conversamos, os oito (falta uma das integrantes, que foi viajar) debruçados sobre a mesa dos microfones, tentando definir de última horas certos detalhes já definidos. Não posso falar pelo outros, mas não estou nervoso - é só aquela sensação de estar prestes a realizar algo importante. O tempo se esvai numa velocidade atordoante, uma prévia dos outros vinte minutos que nos aguardam, aqueles em que estaremos no ar.

É dado o sinal. Começamos. Marcos, nosso âncora e operador de mesa introduz o programa, seu nome e seus integrantes. "Estou aqui com Léo, Carol, Constance, Luis, Eduardo, Bruna, Pedro". Cada um dá seu bom dia (e uma ou outra piadinha) e já passamos à primeira pauta: a aprovação, na Câmara dos Deputados, da reforma no Código Florestal. É uma discussão acalorada. Como havíamos decidido antes, não damos apenas a notícia como também a debatemos. Apelamos à comunicação, além da informação.

A conversa rende e precisamos definir um ponto de corte. Sinais com as mãos, mensagens escritas: apelos não-sonoros para que possamos passar para o próximo tópico. Eduardo introduz o assunto "Strauss-Khan" e ele também rende. Conversamos como se não houvessem esses microfones nervosos a nossa frente (embora os ponteiros do relógio a se mexer seja uma lembrança recorrente).

É hora do "Momento Então Te Liga", uma brincadeira nossa, um giro pelo que a noite porto-alegrense oferece no próximo final de semana.

Logo após mais discussões políticas, novamente introduzidas por Eduardo. Agora é o caso Palocci. Interessado em política, me jogo no assunto, que chega até mesmo a ultrapassar parte de seu tempo previsto. O tempo urge, ruge em nossos ouvidos. Os sinais com as mãos ("Corta! Parte pra outra!", apelos ditos sem voz, entendido pela leitura dos lábios ansiosos). É dado um fechamento e parte-se para as pautas esportivas. Mas há pouco tempo hábil. Temos de cortar assuntos e reduzir os que são ditos - e ainda há um pequena discussão acerca do horário certo de um jogo (as informações contraditórias, ah, o abismo escuro, perigo maior do Jornalismo). Nada demais, porém. Resolve-se rápido, no ar, e com o humor (algo que tentamos introduzir a todo momento, a leveza da auto-ironia).

Então acaba. Como se tivesse recém começado. Como se vinte minutos fossem vinte segundos, a areia da ampulheta desenfreada. Resta um sentimento adocicado de tarefa (bem) realizada. E a vontade de fazer mais. O rádio é secular e engrenagem vital na máquina jornalística - engrenagem na qual queremos embarcar. Não que tenha sido perfeito, claro, mas foi satisfatório, gaguejos e vácuos à parte - e a perfeição só se atinge pela prática (isso se não for uma utopia distante).

Absorver o que foi bom, limar o que não foi; fazer o balanço final. Pensar nos próximos desafios (um programa de televisão, logo ali na esquinam a nos espreitar). Até logo, ouvintes.


A gloriosa careca de nosso âncora, em destaque.

Programa de rádio - Preparação

Rádio, sonho da maioria dos estudantes que almejam um dia se tornarem jornalistas. Certamente o veículo mais encantador dentre os meios de comunicacão, que povoa o imaginário de todos nós, e que nos leva a uma época romântica da comunicacão.

Pois na aula do dia 19 de maio, um desafio foi colocado a nossa frente, o de produzir um programa de rádio. Desafio prazeroso, mas sempre um desafio. Naquele momento mesmo foram definidos os integrantes de cada grupo. Mas foi apenas a um dia do programa, que nós nos reunimos para montar a base dele.

De acordo com as opiniões e intervençoes de cada um, o roteiro ia se ajeitando. Não demorou muito para ficarem definidos os tempos de cada assunto do programa. Os esportes, assunto ao qual me candidatei, é claro, ficou exatamente com a metade do programa, ou seja, 10 minutos. Os outros dez ficaram com cultura, geral e política. Escolhemos também a trilha e o modelo do programa, que mesclaria notícias com comentarios dos participantes. O mais importante de tudo foi a sintonia do grupo que fez tudo ficar mais fácil.

Fui para casa com a sensação de que fizemos tudo certo. Agora era esperar os jogos da noite, principalmente os da Copa do Brasil, para fazer a minha locução. Acompanhei os jogos, pensei em como iria fazer e ... dormi. Logo que acordei, fiz minha locução e me mandei pra Famecos. Nos minutos que antecediam a entrada no estúdio, mesmo com nervosismo e tensão, combinamos como e o que faríamos á frente dos microfones. Mas na teoria é uma coisa, na prática, é outra.

Crônica de um programa de rádio anunciado

Quarta-feira, 25 de Maio - Aqueles ao redor da mesa são nove. Idades entre 17 e 19, discutem com a rigidez de idéias característica da fase. "Não, acho que assim não rola", "Do outro jeito tava melhor", "Tá, agora vamos começar". Não há concessões. Há um súbito acaloramento.

A discussão gira ao redor de um roteiro: o esqueleto de um programa de rádio a ser feito, logo no dia seguinte, tarefa da faculdade. As sugestões são muitas e as decisões, poucas. Na verdade, demora-se a entrar no ritmo. Fazer um progama de notícias geral, ou algo mais específico, um boletim cultural, quem sabe? Falar de cinema, o fechamento de Cannes; de música, o vazamento do disco novo de uma banda britânica. Não, melhor, não. "Vamos fazer algo mais amplo".

Modelo definido, é hora de procurar o conteúdo. Mãos à obra na clipagem. Economia? Não, é maçante. Mas tem o caso Strauss-Khan. Falando em política, e esse Código Florestal aprovado, hein? Tem de entrar na pauta. Assim como o embrião de escândalo que foi plantada por Palocci e suas famigeradas consultorias. Os assuntos vão puxando uns aos outros, eles vem de mãos dadas: é uma ciranda.

Mas eles, os projetos de repórteres  não são sérios, não com aquela seriedade engessada de quem leva tudo no fio da faca do drama. Então por que não haver descontração no ar? Ela começa no nome do programa, derivado de uma piada interna. Mesma piada que vai ser abordada em um quadro do roteiro, um informativo sobre festas (porque poucas coisas interessam tanto àqueles dessa idade). As brincadeiras, tão rápido quanto as notícias, se põem no papel sozinhas.

O roteiro é terminado, enfim. O "quase roteiro", na verdade. Ele é solto, flexível, sucinto em sua estrutura. Contém apenas uma indicação cronológica de coisas a serem ditas, mas mesmo assim é sujeito a improvisos e dados de última hora.

É isso aí. Agora eles se ancoram na certeza de terem feito o que de mais acertado podiam fazer. Confiança na própria voz, o instrumento de informação do radialista, é a base na qual vão sustentar seus pés (trementes, talvez, nunca se sabe o alcance do próprio nervosismo) até a manhã seguinte. Agora riem, jogam sinuca, discutem bebedeiras pregressas. Eles não são sérios; é o seu trunfo, é o que traz essa leveza de quem gosta do que faz.

9 de mai. de 2011

Por trás de uma matéria

            O jovem repórter flana apressado pelas ruas do Bom Fim, num calorento final de tarde em Abril. Acelera e aumenta a largura de suas passadas desde que saltou de seu ônibus. Tudo no medo de se atrasar para um compromisso. O jovem repórter (e talvez jovem seja mesmo o adjetivo certo) dobra esquinas, atravessa ruas e vai, mentalmente, armando as perguntas da entrevista para a qual se dirige. A entrevista, sua primeira, seu primeiro trabalho jornalístico, sua primeira incursão na vida que almeja e que, agora, soa assustadoramente próxima.
            O jovem repórter anda poucas quadras na movimentada avenida Oswaldo Aranha, sobe a Rua Fernandes Vieira e dobra na Rua Vasco da Gama. Pouco depois, encontra a Palavraria. Respira e entra. É uma agradável livraria de bairro, miúda e muito simpática com suas estantes forradas cercando várias mesinhas, destinadas a quem por ali toma um café. O repórter olha o relógio: apesar do medo do atraso, está na hora, até mesmo um pouco antes dela. Pega um pequeno livro na estante e o folheia, no aguardo de sua fonte, que não tarda: poucos minutos depois, entra no lugar Luciana Thomé. Ela chega rindo e brincando com os funcionários ali, além de alguns amigos que esperam um evento a ser realizado logo mais.
            O jovem repórter se apresenta a ela, que o cumprimenta na mesma solicitude já demonstrada na troca de e-mails que precedeu o encontro. Sentam-se em uma das já citadas mesinhas. O jovem repórter abre sua mochila e saca o caderno e a caneta. Há uma conversa prévia, descontraída, a “quebra do gelo”. Mas não dura muito e o jovem repórter logo começa.
            O jovem repórter tinha como pauta (sugerida por ele mesmo) o sucesso de uma editora literária independente, a Não Editora, de importância na atual cena literária gaúcha. Ele pergunta a Luciana Thomé - uma das fundadoras da editora, junto de outros 5 jovens (todos tendo entre 25 e 30 anos) - coisas como “Da onde veio a idéia de bancar a editora?”, “A que vocês creditam o sucesso?”, entre outras, ditas de forma um tanto nervosa no começo. O jovem repórter sabe o que fazer, mas não tem a certeza de que faz certo. Ansiedade de principiante. Thomé, jornalista de formação, lhe dá umas dicas, ri junto. A entrevistada perfeita.
            O jovem repórter, uma hora após o início da entrevista, acredita ter coletado informações o bastante, e informações interessantes. Ele dá as perguntas por encerradas e agradece Thomé por toda a ajuda. Promete lhe enviar a matéria quando pronta. Guarda seu caderno, agora recheado de matéria-prima e sai.
            O jovem repórter desce até a Oswaldo Aranha. Pensa um pouco e desiste de pegar um ônibus – mora perto mesmo. Caminha, então. O jovem repórter vai pelo Parque da Redenção, que escurece lentamente, enquanto monta em sua cabeça pulsante os fragmentos que tem, enquanto escreve mentalmente sua matéria. O jovem repórter vai, absorto em seu primeiro trabalho jornalístico.
            O jovem repórter, agora mais repórter do que nunca.

1 de mai. de 2011

Módulo Jornal - Aula 2

    Na segunda aula do módulo jornal, tivemos a oportunidade de novamente pensar nas nossas pautas e o que íamos fazer para colocá-las em prática. Não tínhamos produzido uma grande quantidade de material durante a semana. Logo de cara, a nossa matéria principal teve que ser repensada. Com a chegada de Falcão ao Inter, e com Renato Gaúcho no comando do Grêmio, começamos a pensar na ousada idéia de ter uma entrevista com os dois. Claro que é complicado, mas a editoria fará o possível para isso. Reforçamos a idéia de falar de judô, mas uma matéria um pouco mais ampla, não apenas com João Derly, mas sim, falando do outro expoente do RS no esporte, a judoca Mayra Aguiar. E um pouco da estrutura da Sogipa, onde treinam os dois campeões. A idéia de ampliar foi do nosso professor Fabián. A pauta do rugby também permaneceu forte na editoria, embora novas pautas surgiram, como falar do futuro da arbitragem gaúcha e do comando dos técnicos gaúchos na Seleção Brasileira.
    Nessa aula, pela primeira vez tive a sensação de ter escrito uma matéria e ela ter morrido. Escrevi sobre a possibilidade de grenal na Libertadores, pauta sugerida na aula passada, mas que acabou não sendo possível de colocar no jornal, afinal ele só estará pronto quando esta possibilidade provavelmente não existir mais. 
    Por fim, escolhemos o nosso modelo de páginas com o professor. Agora são duas semanas para correr atrás, trazer o maior material possível e definir o que vai ser colocado no jornal. Na próxima aula o material tem que estar pronto e bem organizado. É hora de agir. 

Por Alexandre Abrantes